Se você administra uma clínica médica ou odontológica, já deve ter se perguntado: vale mais a pena contratar um profissional da saúde como pessoa jurídica (PJ) ou sob o regime CLT? Essa decisão vai além de uma simples análise de custos — ela impacta diretamente a saúde financeira do seu negócio, os riscos legais e até a relação com sua equipe. Em 2025, com a fiscalização trabalhista mais rigorosa e a busca por eficiência tributária em alta, entender as diferenças entre PJ e CLT é essencial para gestores do setor de saúde. Vamos explorar os prós, contras e os cuidados que você não pode ignorar.
PJ x CLT: O que Cada Modelo Representa?
Contratar como PJ significa que o profissional — seja médico, dentista ou fonoaudiólogo — atua como uma empresa, emitindo notas fiscais e gerindo seus próprios impostos. Para a clínica, isso elimina encargos como INSS patronal (20%), FGTS (8%) e férias remuneradas. Já no regime CLT, há um vínculo empregatício formal, com a clínica arcando com todos os benefícios trabalhistas. A escolha parece técnica, mas suas implicações são estratégicas: economia imediata versus segurança a longo prazo.
Os Números Não Mentem: Vantagens e Riscos
- PJ: A economia é o grande atrativo. Um médico contratado por R$ 10 mil mensais como PJ custa exatamente isso à clínica. No mesmo cenário, na CLT, o custo real ultrapassa R$ 17 mil com encargos — uma diferença anual de mais de R$ 84 mil. Porém, o risco está na execução: se o profissional trabalha com horário fixo, subordinação ou exclusividade, a Justiça pode reconhecer vínculo empregatício, gerando multas, retroativos e até ações trabalhistas.
- CLT: Aqui, o preço é maior, mas a tranquilidade também. Um dentista com salário de R$ 8 mil na CLT custa cerca de R$ 13,6 mil mensais à clínica, somando encargos. Isso equivale a um extra de R$ 67 mil por ano, mas elimina surpresas legais. Para clínicas menores, esse custo pode pesar, mas é uma aposta na estabilidade.
Cuidados Legais: O Fisco Está de Olho
A Receita Federal e o Ministério do Trabalho intensificaram a fiscalização em 2025, especialmente sobre a chamada “pejotização irregular”. Para que o modelo PJ seja válido, o profissional precisa ter autonomia total: sem horários rígidos, chefes diretos ou dependência exclusiva da clínica. Um contrato mal redigido pode custar caro — decisões judiciais recentes aplicaram multas de até R$ 200 mil a clínicas por descumprir essas regras. Na CLT, o desafio é outro: cumprir todas as obrigações, como registro em carteira e controle de jornada, para evitar processos.
Qual é o Melhor para Sua Clínica?
Depende do seu perfil. Clínicas com alta rotatividade ou margem apertada podem se beneficiar do modelo PJ, desde que assessoradas para evitar riscos. Já aquelas que priorizam equipes fixas e têm fôlego financeiro podem optar pela CLT. Um exemplo prático: uma clínica odontológica com dois dentistas PJ economizou R$ 120 mil em um ano, mas só com contratos sólidos e planejamento tributário evitou problemas. Seja qual for sua escolha, a diferença entre sucesso e dor de cabeça está na execução.
Planejamento é a Chave
Escolher entre PJ e CLT não é apenas uma questão financeira — é uma estratégia que define o futuro da sua clínica. Na WeSimp, combinamos contabilidade e expertise jurídica para estruturar contratos seguros, reduzir custos tributários e blindar seu negócio contra fiscalizações. Quer saber qual modelo se encaixa na sua realidade? Entre em contato conosco e veja como podemos transformar sua gestão com soluções sob medida para o setor de saúde. Economia e segurança caminham juntas — e nós sabemos o caminho.